Enquanto alternativa de investimento, o ouro exibe vários atributos irreplicáveis que o elevam, na nossa opinião, a componente indispensável para a maior parte dos portfólios. O ouro é um ativo escasso, extremamente líquido e que, acima de tudo, não é simultaneamente o passivo de alguém (ao contrário de todas as moedas fiduciárias, como o Euro ou o Dólar que são, respetivamente, responsabilidades do Banco Central Europeu e da Reserva Federal).
Como o ouro não exibe qualquer risco de contraparte a sua performance estará sempre relacionada com a confiança dos investidores na integridade do sistema financeiro e na capacidade de as autoridades monetárias preservarem o poder de compra das divisas sob sua jurisdição. Neste contexto será pertinente observar:
O nível de confiança nos governos tem diminuído de forma progressiva e material na maior parte das geografias… aliás, a crescente popularidade de movimentos políticos populistas (em ambos os extremos do espectro político) e resultados eleitorais surpreendentes, como o mais recente governo Italiano, o Brexit ou o fenómeno Trump, são sintomas irrefutáveis desta tendência!
O que estará na sua génese?
Fonte: Bloomberg
Os níveis de incerteza no que concerne à atividade económica e sobretudo a crescente desigualdade na distribuição do rendimento são catalisadores importantes para a proliferação de um ambiente socioeconómico pautado pela desconfiança.
Se este enquadramento por si próprio já é consistente com uma alocação generosa, desenvolvimentos recentes no domínio da política monetária reforçam vigorosamente a nossa convicção no potencial do ouro enquanto alternativa de investimento.
Na última semana tanto o Banco Central Europeu como a Reserva Federal expressaram de forma categórica a sua intenção para continuarem a implementar políticas monetárias acomodatícias. No caso específico da Reserva Federal, Jerome Powell acaba de dissipar as dúvidas do mercado quanto à concretização de uma das mais profundas inversões de posicionamento na história da instituição que lidera (o ”fed pivot”). Em ambos os lados do Atlântico as autoridades monetárias estão “investidas” em fazer regressar a inflação e… não menos importante, em tentar reduzir o nível das taxas de juro reais… precisamente o contexto macro em que o ouro mais brilha!
O comportamento recente dos preços parece validar o racional que suporta o nosso investimento em ouro e empresas relacionadas.
Fonte: Bloomberg
Bons Investimentos.