O Dollar Index começou a ser calculado em março de 1973, a seguir ao fim do Sistema Monetário Internacional de Bretton Woods e estabelece uma relação entre o dólar norte-americano e um cabaz de moedas de economias desenvolvidas.
Ao contrário, de uma taxa de câmbio típica, que estabelece uma relação bilateral entre duas divisas, como por exemplo, o EUR/USD, este índice pretende avaliar a força do dólar face a várias moedas, em simultâneo. Assim, uma subida do Dollar Index indica que o USD está a apreciar face a esse conjunto de moedas. Por oposição, uma queda sinaliza que o dólar está a depreciar contra esse mesmo cabaz de moedas.
O Dollar Index teve um valor de arranque nos 100 pontos e, até à data, atingiu o valor mais alto em fevereiro de 1985 quando atingiu os 164.72 pontos.
Já o valor mais baixo fixou-se em março de 2008, nos 70.70 pontos.
Já este ano, o Dollar Index tem dominado as notícias pois os mercados cambiais têm registado volatilidades relevantes. Nas primeiras semanas do ano, o Dollar Index caiu e chegou a estar a acumular uma perda de quase 4% no ano. A partir de meados de fevereiro, o índice encetou uma importante recuperação, não só revertendo as perdas como acumulando ganhos com alguma expressão. Assim, o Dollar Index acumula agora ganhos de cerca de 3% no ano, tendo chegado a estar a ganhar 5% YTD em meados de agosto.
Fonte: Bloomberg
Atualmente é possível a qualquer investidor investir no Dollar Index, uma vez que estão disponíveis no mercado ETF’s, opções e fundos de investimento mobiliário que permitem uma exposição a este ativo e o índice tem cotação contínua uma vez que os mercados cambiais estão sempre em funcionamento (entre domingo à noite e sexta-feira à noite, horas de Portugal).
O Dollar Index é calculado pela empresa Intercontinental Exchange, Inc., através, de uma média geométrica ponderada das seguintes moedas:
- Euro (EUR), 57.6% do peso
- Iene Japonês (JPY) 13.6% do peso
- Libra esterlina (GBP), 11.9% do peso
- Dólar canadiano (CAD), 9.1% em peso
- Coroa sueca (SEK), 4.2% em peso
- Franco suíço (CHF) 3.6% em peso.
Fonte: BabyPips
A seleção destas moedas baseou-se no peso das relações comerciais de cada economia face aos Estados Unidos da América (em 1973) e o cabaz apenas foi alterado uma vez, em 1999, com o objetivo de incluir o euro que veio substituir as várias divisas europeias (o marco alemão, o franco francês, a lira italiana, o franco belga e o florim holandês) que estavam originalmente no cabaz e que, com o aparecimento do euro, deixaram de existir.
A constituição do cabaz é, por isso, a principal crítica apontada a este índice, uma vez que exclui economias como China, México, Coreia do Sul, que nas últimas décadas passaram a representar uma parte crescente da economia mundial e do comércio internacional dos EUA, com influência direta no dólar.
Para suprir estas deficiências a Reserva Federal dos EUA (mais especificamente o Federal Reserve Bank de St. Louis) começou a calcular e publicar, a partir de 1998, o Trade-weighted dollar Index. Este índice abrange um muito maior número de divisas pois para além das já presentes no dollar index, acrescenta as moedas de: China, Coreia do Sul, Taiwan, México, Singapura, Hong Kong, Malásia, Tailândia, Filipinas, Austrália, Indonésia, Índia, Israel, Arabia Saudita, Rússia, Brasil, Argentina, Venezuela, Chile e Colômbia.
É por isso um índice mais representativo, mas igualmente muito mais complexo quer em termos de cálculo, quer em termos de um acompanhamento pelos investidores, uma vez que algumas destas moedas não são facilmente investíveis.