Nos últimos 20 anos, assistimos a um conjunto de alterações e circunstâncias que fazem com que a forma de analisar o contexto em que nos inserimos, seja mais ampla e global.
Em particular, no sector financeiro, o que há 20 anos era uma realidade, hoje, é um desafio carregado de incertezas e instabilidade. A forma como fomos observando a queda de vários bancos internacionais (Lehman Brothers) e nacionais (BPN, BPP, BES ou BANIF), alertou-nos para uma realidade diferente que nos coloca algumas questões fundamentais, tais como a segurança das nossas poupanças, o grau de conhecimento financeiro que dispomos, como este pode influenciar as nossas decisões de investimento e o risco que lhe está inerente.
É neste contexto de grande mudança que em Portugal começa a emergir a “figura” de Financial Advisor, algo que já é natural noutros países onde existe uma literacia financeira mais elevada, por exemplo nos E.U.A ou no Reino Unido.
O que é um Financial Advisor?
Um Financial Advisor é alguém com competências especificas (formação teórica e prática) na sua área, um interesse e acompanhamento exaustivo da economia global e uma forte capacidade de análise (de ativos e indicadores) que permita auxiliar os investidores, no seu processo de decisão. Adicionalmente deverá ter um espírito crítico forte, de forma a questionar e a encontrar as soluções que vão de encontro às expectativas dos investidores, apresentando argumentos e factos que justifiquem as opções que irão ser tomadas.
O que faz um Financial Advisor?
A sua principal função é identificar investimentos que melhor sirvam a situação particular do seu cliente, nomeadamente atendendo aos seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazos, bem como adequar os mesmos à sua tolerância ao risco. Ao prestar o serviço deverá ter na diversificação, escolha de instrumentos, exposição geográfica, custódia e análise de custos/retornos áreas de preocupação e atenção, devendo estas estarem perfeitamente alinhadas, com as características pessoais e únicas do seu cliente. Contrariamente ao que inicialmente muitos potenciais clientes pensam, não é um “Guru” dos Mercados, com um único objetivo de proporcionar melhores rendibilidades. Bater o mercado é, sem dúvida, uma das premissas, mas não é única e, qui ça, nem a mais importante, a menos que esse seja o objetivo mais importante do seu cliente.
A importância de ter um Financial Advisor nos dias de hoje
A importância de um Financial Advisor torna-se, cada vez, mais vital, no atual contexto macroeconómico, onde assistimos a uma grande influência dos Bancos Centrais na economia e na definição do rumo que estamos e que iremos continuar a seguir. Ter acesso a um Financial Advisor é ter a possibilidade de perceber, de uma forma mais clara, a evolução da economia e os fatores que podem ser riscos ou oportunidades.
De uma forma independente, um Financial Advisor analisará os objetivos, tolerância ao risco e expetativas de cada investidor e, em conjunto, traçarão uma estratégia de investimento, racional, devidamente fundamentada e que será concretizada, através de uma carteira composta por ativos financeiros que foram alvo de análise rigorosa, tendo por base a sua qualidade, diversificação e o equilíbrio que irão conferir ao património do investidor.
Um Financial Advisor é um interlocutor especializado, com uma abordagem holística e intergeracional, que irá ser fundamental para um correto planeamento e enquadramento financeiro do portfolio dos investidores, garantindo-lhes total independência e know how.
De uma forma global, ter acesso a um Financial Advisor independente, permite aos investidores estarem preparados para os desafios e oportunidades que vão surgindo, sentindo-se acompanhados e capazes de poderem, de uma forma fundamentada e especializada, tomar em cada momento as decisões que se enquadram nos objetivos, perfil e expectativas de investimento, fazendo desta parceria uma relação win – win.