Corridos os primeiros meses de 2021, é altura de olhar para trás e fazer uma análise crítica ao primeiro trimestre do ano.
No início do ano, o consenso dos principais gestores passava por um sentimento bullish para o segmento acionista o que era justificado pelo arranque dos programas de vacinação maciços (e expectativa de uma normalização da atividade económica nas principais economias a partir de meados do verão), manutenção de políticas monetárias ultra acomodatícias por parte da generalidade dos bancos centrais e implementação simultaneamente de importantes pacotes de estímulos fiscais / incremento da despesa pública (nos EUA e na Europa).
Assim, embora essas expectativas se tenham globalmente materializado não deixaram de ocorrer igualmente surpresas e oportunidades “para todos os gostos”.
Fonte: Bloomberg
Num trimestre, apesar de tudo, ainda marcado por restrições e lockdowns e várias peripécias / atrasos no processo de vacinação na Europa, podemos destacar duas tendências que ficaram patentes na performance das bolsas nos últimos meses:
- Os mercados emergentes desiludiram: ao contrário do que muitos analistas previam para o início de 2021, os mercados emergentes não foram os principais beneficiados do 1º trimestre.
Apesar dos 2 primeiros meses muito interessantes, março não foi tão positivo e o índice que acompanha esta geografia apresentou uma clara underperfomance face ao índice global no trimestre sendo penalizada pela apreciação do USD nos mercados cambiais e por um aumento das taxas de juro em USD (o que reduziu o ímpeto dos fluxos financeiros para investimento nos ativos dos principais mercados emergentes).
- O fator value solidificou / acelerou a tendência de recuperação iniciada em novembro 2020: o índice de empresas value, que nos últimos largos anos ficou muito para trás face ao índice de empresa growth, conseguiu uma outperformance superior a 9! pontos percentuais (em EUR) no trimestre.
Acreditamos que esta tendência de recuperação do “value” não foi fruto do acaso nem momentânea e, pelo contrário, deverá manter-se nos próximos trimestres uma vez que as iniciativas de estímulo à retoma económica em curso e a inevitável retoma de uma “nova normalidade” nos próximos trimestres tenderão a beneficiar os setores mais cíclicos (dominados por empresas value) e, por contrapartida, algumas cotações no setor tecnológico poderão ser postas em causa particularmente num ambiente de subida agressiva das yields (no trimestre tivemos um incremento nas yields do tesouro americano a 10 anos de 83 bp, a maior subida trimestral desde o último trimestre de 2016), que penalizará as empresas mais alavancadas e numa fase mais embrionária do seu ciclo de negócio.
Por fim, e em jeito de conclusão, importa ainda referir que o dólar americano registou uma recuperação impressionante, depois do mínimo relativo do início de janeiro.
Para as soluções da Golden, o trimestre terminou positivo, com os perfis de investimento a obterem rentabilidades líquidas positivas, assim como as estratégias “satélite” desenvolvidas especificamente para o período que vivem os mercados:
Rentabilidades líquidas a 31.03.2021
YTD liq |
|
Perfil Ações |
5.89% |
Perfil Agressivo |
4.83% |
Perfil Dinâmico |
3.01% |
Perfil Moderado |
1.43% |
Perfil Defensivo |
0.36% |
Golden Equity Trading Systems |
-5.16% |
Golden Equity Investments (GEI) |
12.87% |
Golden Investment Trends (GIT) |
4.23% |
Golden Accelerated Economic Rebound (GER) |
10.15% |